*DespertinE*

Despertar para o questionamento da realidade...essa é a nossa função em Despertine* ... publicarei meus textos e espero publicar o de outros interessados no Ceticismo... por AleX OldboY*

Friday, December 14, 2007

Desigualdade Vital (Alex Oldboy)

Desigualdade Vital
Segundo o Cristianismo, a vitalidade possui graus morais

Diferentes formas de se afirmar que a vida vale algo são impostas na mente dos fiéis a todo instante, tanto na forma de defesa como de ataque. É sempre dito que você deve dar valor, antes de tudo, para a sua saúde, a de seus filhos e de seus entes queridos. Como era de se esperar, mais uma vez nos vemos em uma situação onde há a famosa pergunta: ...O dinheiro pode comprar uma vida? Dou-lhe a seguinte resposta : ...PODE SIM! Não querendo ser muito ofensivo em relação à algumas políticas sociais dentro de algumas entidades, mas eles pagam para a pessoa ser da forma que eles querem, pois assim ela contribuirá de forma mais cabível para o estabelecimento, eles pagam e forçam a pessoa a trabalhar da forma deles, e não da sua própria forma, isso é regularmente aplicado assumidamente como um processo normal e aceitável, pois querendo ou não, há dinheiro em jogo, há uma integridade profissional que pode valer o bem estar de uma família inteira ali. Então às vezes o sacrifício de um, independente do grau, pode vir a ser a sua felicidade e a de seus dependentes.
Olhando de outro lado, agora nos introduzindo nas regras cristãs que reinam o mundo, observemos diferentes contradições que ele mesmo(Cristo) acaba acusando na sua carapaça ideológica.
Em acidentes, quando não há vítimas e obviamente alguém sobrevive, o importante foi que aquela pessoa sobreviveu, o importante é “TER SAÚDE”. Esse tipo de argumento nós estamos cansados de escutar, pois se trata de um alívio para quem perde tudo de “material”. É normal da cabeça humana pensar assim, já que acima de tudo, ela leva em consideração prioritária a integridade vital. “Deixe levarem seu carro, é melhor do que perder a vida”. Não vou discutir sobre qual valor cada pessoa dá aos seus bens, mas a questão é sobre VIDA. Deus ainda insiste em nos ensinar que a vida vale mais do que tudo, mas ainda assim seus seguidores não entenderam a mensagem.
Suponhamos que uma pessoa é atropelada, o carro bate em suas pernas, mais especificamente no joelho, faz com que a mesma gire com extrema velocidade e suba uns 2 ou 3 metros do asfalto. Ela vai girar muito rápido, independente do peso e da altura ou de quanto ela é forte, o carro é sempre mais rápido e mais pesado. O giro termina com a queda, ela bate a cabeça no asfalto quente com tanta força que seu maxilar muda de lugar ou quebra, sua cabeça abre um corte e trinca, quando não quebra. Depois os ossos do corpo batem no chão, sem qualquer conforto, em velocidade alta e sem proteção. Com o giro, a pessoa provavelmente perde seus sapatos e o choque do pé contra o chão provavelmente o corta também. A consciência é levada juntamente com a vida, a pessoa está morta.
No momento aquela pessoa tinha seus bens, mais nada, sua vida já foi embora. Mas então algo acontece, todos param e ficam olhando a pessoa, a maioria com dó, pois ela tinha tudo dela, seus documentos, sua casa, seu MP3, etc. A vida foi embora e todos estão chocados com isso, e provavelmente a maioria é cristã, isto é, segue a ideologia de Cristo. Ela terá velório e todo um processo até que sua carne seja devorada por vermes da terra.
Agora suponhamos que um cachorro vira-lata foi atropelado pelo mesmo carro, o carro acertou na altura de seu pescoço, suas costas, ele foi igualmente surrado pela força arrebatadora de uma tonelada e meia à cem quilômetros por hora. Morre com seus órgãos expostos, mais ou menos da mesma forma que a pessoa.


Mas o pior é que ninguém faz a mesma cerimônia, até aí é com certeza o mais interessante. Mas a questão é nitidamente a falta de caráter, o ser humano não dá valor a quem valoriza “somente” a vida, como o cão. Mas a pessoa que morre e era rica, bem sucedida e as vezes até por suicídio se foi, essa sim é valorizada na rua. Ninguém deixaria um ser humano atropelado jogado no asfalto sem socorro ou sequer um “enterro” digno. Mas um animal não, ele é atropelado e lá permanece, às vezes sentindo muita agonia, jogado ao mundo humano. Ele vê as pessoas passarem, mas seu corpo debilitado pelo impacto o impossibilitam de chorar por ajuda, mas todos passam, e alguns ainda zoam. Esses muitos, que infelizmente já fui testemunha, eram pessoas que se diziam de “DEUS”. O cachorro morre, e ele, que devia ser mais valorizado do que qualquer pessoa neste mundo, é o que só tem seus devidos “modos” de ser eternizado quando sua carne começa a apodrecer e o cheiro ruim exala.
Senhores, o porque deste texto tão cruel é o fato de ninguém para pra pensar neste caso, quem deveria ter valor não é devidamente reconhecido. Animais apenas dão valor à vida, é a única forma que eles tem de viver. A natureza é justa, eles são a natureza, eles são justos. É triste saber que diante de tantos corpos humanos a igreja fez tanta cerimônia hipócrita, mas ainda hoje os animais morrem para diversão e para nosso uso. Quando digo que o ser humano não presta, é puramente real. Nada justifica você matar um animal por diversão, isso é algo que não se encaixa na ideologia contraditória da imunda igreja cristã.
São coisas que acima de tudo eu reconheço como justiça a defesa que a natureza investe na humanidade em tsunamis, furacões, terremotos, etc. Isso é justiça pura, questão de defesa própria. Um mundo tão belo sendo destruído por desgraçados que se acham no direito de explorar tudo usando armas e uma bíblia.
Reconheçam, vocês não dão valor ao “Mundo” como deveriam. E isso é lamentável.

“...Outro dia eu vi mais uma pomba atropelada, como já vi tantas vezes, e por mais que vocês me julguem nas palavras, gostaria que estivesse ali esmagado qualquer HUMANO, sendo criança, adulto, idoso, deficiente, etc.Que fosse EU... Apenas não gostaria que fosse aquele animal...tão justo, e tão injustiçado...”

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